Poetas armados em luis de camões,
Sempre me tentaram tirar de cima,
Mas eu sou bom demais para ser derrubado,
E é impossível eu ser ultrapassado,
Por meia duzia de crianças que não sabem o que é uma rima.
Espalho em portugal os meus tiros de poesia,
Balas são rimas, a arma é o meu coração,
A minha poesia não é bombástica,
Embora digam que é fantástica,
Perfiro chamar-lhe '' A destruíção ''
Vejam como eu ultrapasso esses poetas famosos,
E os derrubo cada vez mais com papel e caneta,
Eu não vejo grandes rimas por aqui,
E o melhor poeta que já conheci,
Sou eu, que destruo esses poetas da treta.
Sou frio, desde a primeira vez que escrevi,
E deixei de boca aberta, os poetas á minha volta,
Ninguém sabe a merda de vida que já vivi,
Nem tão pouco o que trabalhei pra chegar aqui,
Eu não escrevo com amor, eu escrevo com revolta.
Namoros, amizades, amor verdadeiro?
Eu nunca mereci nada disso,
Quero que se lixe o mundo inteiro,
E aqueles que me abandonam quando eu mais preciso.
Não tenho amigos, nem manos, nem namorada,
Deixem-me com os meus pecados e a minha arrogância,
Eu só me estou a proteger do sofrimento,
Se tu me amas, então eu lamento,
Porque não te vou dar a minima importância. ( a não ser que a mereças )
Por vezes esforço-me para sentir,
Mas a única merda que sinto é depressão,
E uma dor enorme que me tenta destruír,
Mas não passa de uma tentativa em vão.
Afasta-te de mim enquanto é tempo,
Não me iria sentir bem ao fazer-te sofrer,
Se queres impedir a chegada do sofrimento,
È melhor que apagues esse sentimento,
Porque apagá-lo, é o melhor que tens a fazer.
Eu não tenho amigos, mas sim conhecidos,
A mim, hoje em dia, nada importa,
Eu já ajudei aqueles que estavam perdidos,
A encontrarem-se,
E só recebi merda em troca.
Tive de encontrar força para me levantar,
E consegui-me levantar sem a ajuda de ninguém,
Não tenho nada que agradecer nem lamentar,
Perdido num mundo de escuridão,
Tento encontrar o meu coração,
Para um dia conseguir voltar a amar.
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